VIAGEM AO CENTRO DA TERRA - Jules Verne
- Bruno Batista
- 30 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Jules Verne em sua obra de 1860, usa da liberdade do escritor para fazer as "descobertas científicas" por assim dizer, que a própria ciência ainda não havia alcançado. Em "Viagem ao Centro da Terra" ele alinha a curiosidade humana, com a necessidade humana de contar histórias.
Essa obra é uma grande aventura que mais parece uma aula de ciências do primário, principalmente pela empolgação dos personagens, claro que, é bom sempre ressaltar que mesmo com esse verniz científico, a obra não se desapega da fantasia, e isso era e ainda é uma grande e bela forma de divulgação da própria ciência.
Nos primeiros capítulos, a obra não é tão dinâmica, tanto pela história, quanto o desenvolvimento dos personagens, tudo por causa da pegada mais descritiva que a própria história pede. Mas isso motiva o trabalho de imaginação do leitor. E apesar de se tratar de uma ficção científica, há muita coisa real no que diz respeito à ciência, o que a testa o interesse de Verne sobre a ciência de sua época.
Não se deve ler o “Viagem ao Centro da Terra” esperando um grande aprofundamento ou desenvolvimento dos personagens, pois se trate de um livro infantojuvenil do século XIX e pode-se até dizer também, que a história de Verne têm como protagonista o planeta Terra, o centro da história é a própria aventura.

Mas na história temos alguns personagens que são trabalhados mesmo que de forma rasa, que são; o Axel, esse o personagem que carrega os traços mais "normais" de personalidade, é ele que sente medo, que tem dúvidas, que questiona. Já seu tio, o professor Otto Lidenbrock é o gênio, curioso da história, é dele que parte a ideia da viagem. Hans o empregado que acompanha-os até o centro da Terra, é um descrito como os europeus descreviam qualquer personagem no século XIX, Hans é irlandês e por conta disso sua personalidade é fria e um homem de poucas palavras e muito serviço, e por fim mais uma característica da sociedade européia demonstrada na personagem da Grauben, a doce donzela que fica esperando seu prometido (Axel) voltar de sua aventura, as mulheres no século XIX não passavam de dona de casa e mães de famílias.
Não podemos tirar uma obra de seu tempo, os grandes clássicos tem uma carga da história mundial, por isso precisam ser lidos com bastante atenção, pois sempre terá algo a aprender e a absorver.
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